sábado, 16 de abril de 2011
pois
acho que nunca vi nenhum anjo. deve ser esta aversão a formas de religião auto-impostas.
nunca lhe toquei as asas nem senti o bafo quente que respira sobre o meu pescoço à noite.
quero crer que com esta idade, tenho quase a certeza absoluta de que não existem. de que as margens da vida ainda nos dizem que este mundo paralelo, cru e muitas vezes implacável, de vistas curtas, não é para eles.
mas ao que parece, fadas nem sequer se movem nos meandros eclesiásticos. fadas que sorriem ainda menos. asas que abrem braços e cores. alimentos de espírito, de certeza.
e que voam além de nuvens de poeira cinzenta.
raiozinhos de sol. rasgando no céu a palavra «basta».
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