era assim que o encontrava quando chegava a casa à noite.
dobrava-mo e punha-o ali guardadinho porque sabia que não estaria quando chegasse.
e esse hábito de quem cuida ficou-me até hoje. aprendi aquilo sem querer. a beleza de trazermos connosco o que nos deixaram deles.
o melhor que tinham e fica nos nossos gestos triviais, mundanos.
e hoje tu enrolas o cabo do iPod com perfeição e mestria depois de mo usares para a tua viagem à serra. e é assim que volta para dentro da mala. longe dos nós que lhe costumo dar com a pressa entre uma correria e outra.
nunca consegui dobrar nada na vida com a perfeição daquele pijama e deste cabo.
A arte de dobrar e enrolar.
ResponderEliminarMuito bom este texto.
Beijo.