Somos todos iguais na
fragilidade com que percebemos que temos um corpo e ilusões. As ambições
que demorámos anos a acreditar que alcançávamos, a pouco e pouco, a
pouco e pouco, não são nada quando vistas de uma perspectiva apenas
ligeiramente diferente. Daqui, de onde estou, tudo me parece muito
diferente da maneira como esse tudo é visto daí, de onde estás. Depois,
há os olhos que estão ainda mais longe dos teus e dos meus. Para esses
olhos, esse tudo é nada. Ou esse tudo é ainda mais tudo. Ou esse tudo é
mil coisas vezes mil coisas que nos são impossíveis de compreender,
apreender, porque só temos uma única vida.
josé luís peixoto, abraço
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