segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

no éter

rocei o ombro com alguém que passava na mesma rua.
de encontrão, ouvi saltar-lhe da boca que bebia cada vez mais café.
que o café lhe cortava a fome.
que o tempo era de não comer. que tinha de não comer.
que era preciso cortar na refeição e aumentar o café.


e hoje a cena de polícia à porta de casa.
a criança no colo, nos braços e a branca no bolso.
gritavam.

a realidade fez-me sentir a sorte de não beber tanto café assim.

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