segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

esticamos a corda



vamos até ao limite e percebemos tudo.
porque no dia em que te disser "daria tudo e faria tudo, sim.", sei que serias a primeira a recuar. sozinha. sem menos. sem hesitar. sem perguntar. porque sabes.

onde em vidas passadas se abriu uma porta, agora fecham-se todas. menos a tua.
são os anos que ficam entre nós e nos assistem.
a nossa imperfeição que tanto vivo.
o cor-de-rosa que não entra e o negrume que não se estranha.
porque é autêntico. sem falsas belezas. sem bondade esquiva.

lealdade inquebrantável.

vómito

o que é demais enjoa.


o que é demenos, ressaca.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

isto só lá vai

com mulheres que façam destes homens meninos.

de manhã



cheirava a incenso pelas ruelas.
o cabeleireiro indiano cortava a 5€.

no largo da severa, vendia-se alecrim em molhos verdadeiros.
na roupa estendida o perfume do presto e o sol que espreita pelas árvores de folha caduca.

amo-te à primeira vista.
quero ficar.



há qualquer coisa que se anima



chegamos à hora marcada e sem querermos, rendemos sempre as armas aos minutos que passam.
o livro podia não acabar.
a última página podia não existir.
as coisas boas e doces não deviam ter prazo de validade.

os sons que reverberam pelas nossas veias percorrem os corredores mais escuros da mente.

e algo se ilumina.

as trevas só existem onde a luz não entra. por ser escasso o ar que se respira.

a música cura tudo. a arte é o mercurocromo de uma alma entristecida.




hands away

a viagem de autocarro

entre monte carlo e menton.

os joelhos negros. a pele queimada do sol.

pedra quente por baixo dos pés.



dormir de janela aberta. os vizinhos discutem.
em francês.

even sweeter

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

e ainda

viver a novela.

olhar para o lado e fingir que não se vê.

coça a cabeça e assobia.

censurar, para quê, se fazemos igual.

sábado, 22 de janeiro de 2011

parar




se nas viagens, nos dizem que o mais importante não é o destino, mas o caminho,

na vida, a percepção dos anos que passam deixa a certeza de encontros que nos definem.

o conforto que nos invade por querermos a simplicidade da água que apenas corre, sem objectivo ou explicação. apenas porque a maré, a força gravitacional da terra, a atracção dos elementos ocorre dessa forma imutável.

é essa força que nos move. e nos indica o caminho. longe ou perto.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

above




Unbroken speech
You tricked me on shaky ground
Don't tell me
How it feels like walking on rusty nails
But the pain's not mine
When we collide down is the only way out
'Cause hell's above
I try to focus on anything but the strain inside
So words rise while I touch the sky
Won't stay long
Just passing by
But you talked it away
You talked ït away ...


small steps



|| HOW TO WRITE A MANIFESTO
Julian Hanna in CQN #3

“Here are ten essential steps to writing your own:

(…)

4 [steal, don't quote]
Manifestos have no idols. They do not exhibit reverence; they only invite reverence. (…) This is not a classroom essay, and there is no time for careful footnotes. This is the revolution!”

Simian Mobile Disco @ Lux



I believe
You could be
What I need
To believe

era mesmo verdade


encontrei a pegasus airlines

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SMD


It's 8 o' clock
And I got nothing to do
Can't go to the club
So I guess I go to the record store

Visit my record man
With my sticky hands
Walk out that record door
Put your records in my clothes
The records in my clothes

What the fuck is you gonna do
What the fuck is you gonna do
About it
Nothing


the hand inside





I think it's strange you never knew

you are giving me

the soundtrack of my days



thank you

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

«to his coy mistress»

“Had we but world enough, and time,
This coyness, Lady, were no crime.”


a. marvell

regret nothing, accelerate


oscar wilde

literary tattoos

as coisas

«na nossa necessidade de substituir cada vez mais depressa as coisas mundanas que nos rodeiam e preservar a sua inerente durabilidade; temos de consumir, devorar, por assim dizer, as nossas casas, os nossos móveis, os nossos carros, como se estes fossem as "boas coisas" da natureza que se deteriorariam se não fossem logo trazidas para o ciclo infindável do metabolismo do homem com a natureza. é como se houvéssemos derrubado as fronteiras que distinguiam e protegiam o mundo, o artifício humano, da natureza, do processo biológico que continua a processar-se dentro dele, bem como os processos cíclicos e naturais que o rodeiam, entregando-lhes e abandonando a eles a já ameaçada estabilidade do mundo humano.»

hannah arendt, a condição humana


lucky





you clean yourself to meet
the man who isn't me
you're putting on a shirt
a shirt I'll never see
the letter's in your coat
but no one's in your head
cause you're too smart to remember
you're too smart

lucky you


môksha




another full moon goes by.

and i'm still here.

we are all still here.



segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

a oeste, nada de novo




saber leva a querer mais intensamente.
transformar traz o cansaço da roda imparável da sucessão de eventos perdidos no tempo.
e só ao parar percebemos onde afinal queremos chegar.
ao vazio do nada ou à catarse da amálgama do todo.



gimme shelter



a porra da certeza que lixa a porra da ignorância que é uma virtude tão boa.


hard times for dreamers - just now...

“Ser-se livre é possuir-se a capacidade de lutar contra o que nos oprime. Quanto mais perseguido mais perigoso. Quanto mais livre mais capaz”.


Cesariny, As mãos na água, a cabeça no mar...


ísis

domingo, 16 de janeiro de 2011

as voltas


I think I was once
I think we were

Your milk is my wine
My silk is your shine


Jim Morrisson


naquele mês de outubro, a primeira coisa que fiz assim que pousei a mala no quarto vermelho foi ir ao met procurar aquele quadro do gerôme.

depois de muitas voltas lá dentro, de perguntar a toda a gente que me passava pela frente, disseram-me que tinha sido emprestado.
não queria acreditar.
trouxe a porcaria do postal e olhava para ele todos os dias, à espera que galatea se transformasse em carne e osso. ou que pigmalião transformasse o seu amor na mulher que sempre esperara.
mas o tempo passou e obrigou-me a não pensar mais nisso.

até que dois meses depois, em paris, ele me aparece à frente no d'orsay. e parecia que, afinal, ele é que tinha andado à minha procura.

o tempo e a altura perfeita para os encontros nem sempre é o que queremos. muitas vezes é o possível.
e quem nos quer encontrar, acaba sempre por fazê-lo. mesmo que demore.

se for mesmo para ficar. fica. se for mesmo para encontrar, chama-nos.

e espera também.



cleo





"Give me my robe, put on my crown; I have
Immortal longings in me."

william shakespeare, antony and cleopatra


With these words, Cleopatra, Queen of Egypt, joins her Roman lover, Mark Antony, in death.

provar





encobrir o limite do sabor.
amargo que cheira a doce.
quente que se sente frio.

pela garganta deixar escorrer o sal na ferida.

acordar na hora certa e matar a sede.
a beleza de adormecer entorpecido enriquece o tremor da alma.


apetece cair




e nunca mais me levantar.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

é violento que baste

deixo os phones no volume máximo,

só para não ouvir o ruído do mundo lá fora.

e não é a hora ainda

de voltar do silêncio.

há coisas que não voltam nunca mais.

e aceitarmos essa irreversibilidade é o crescimento mais doloroso que existe.

sentidos fechados e peito lacrado.


o tempo agora pertence aos que se entregam sempre e pedem o sumo que nos corrói em troca.
ainda não percebo como é que conseguem colocar os nomes lady gaga e madonna na mesma frase.
juro que não sei mesmo.

dá-me vómitos.


«- I hope you hair curls naturally, does it?
- Yes, darling, with a little help from others.»

oscar wilde, the importance of being earnest

jasmim a ver o céu



«a sua janela é a que tem a estrela por cima»


repeat repeat



d
e

s
a

p
a

r
e

c
e

a maria

viu-me no metro.
e do nada, na carruagem, antes que eu pudesse ver quem era, espetou-me um beijo.

achei aquilo tão doce. porque veio do nada.

fiquei calada.
não conseguia perguntar nada.
até que saímos as duas.

ela lançou-me um sorriso e dissemos até logo, fica bem.

chiça, que a miúda ia mesmo bem.
depois daquele beijo fiquei a matutar em como somos mesmo idiotas.
fiquei com remorsos de não a conhecer bem.

de não saber o seu nome do meio. só o primeiro e o último.
tive pena.

acabaram-se as penas.

It all boils down to


There's really nothing, nothing we can do
Love must be forgotten, life can always start up anew.
The models will have children, we'll get a divorce
We'll find some more models, everything must run it's course.

We'll choke on our vomit and that will be the end
We were fated to pretend
To pretend
We're fated to pretend
To pretend


mgmt


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

evidently maybe

"High up in the sky, the sun is wedding the earth in mad embraces. The air is heavy with complaint, like the stifled cries of a virgin you are ravishing. A hot substance penetrates, flows through life, burning its creatures, waking monsters in the bodies of defenceless children, looting everything in its infernal rage and bringing thirst, thirst to everything : lips, the soul, the eyes, the flesh. Ah, who will deliver men from this hell? clouds of blinding dust, dust that one breathes, that one swallows always and everywhere; sweat that drowns you in its tepid water, trickles down your skin and makes your lightest clothes unbearable, sticky, to the point of making you long for death. Excrement must be drying somewhere at the foot of a wall. Not to mention the flies, the horrible nation of flies, settling as conquerors on wounds, seeking nourishment in the corners of hollowed and bleeding eye-sockets, near the noses of children where the gleaming snot draws their frightful swarm; poisoning the crude nourishment destined for the poor, the poor who worry no longer, stir no longer, because they are disgusted with the world and with everything."

Albert Cossery, Men God Forgot


whisper piece



yoko ono @ MoMa

"Voice Piece for Soprano—”Scream. 1. against the wind 2. against the wall 3. against the sky”—

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

state of affairs



in cloud cult.

can you make a wish and make it happen?

i need to feel something different right now.

at high temperatures.

in a place that doesn't know our names yet.

stranger.


everytime.

os dias passam




e não há um único em que não me lembre disto.
nunca acreditei no destino, mas sei que o meu tempo vai acabar algures neste parque.


e é só.


you asked for a translator, so here goes :)

days go by,
and every single one of them i remember this.
actually, never believed in fate, but i know that my time will end somewhere in this park.

period.

fundiste-me


conjuga-me agora.
nós somos o que acontece aos mais audazes.

o tempo vai-me seguindo, arrastado, como naquelas fotografias com obturação lenta.

as parecenças

não são meras coincidências físicas.
marcas no rosto que nos deixam os olhos presos.
algo nos diz que aquelas mãos já nos puxaram a manga para cima e o cabelo para sobre o ombro.

um dia. foi.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

parashaktí

«it is only the siddha, which term is here used in the special sense of the one who has obtained complete control over his passions, to whom is permited another shaktí (parashaktí). So, the Pránatosiní quotes "a man shall obtain siddhi with his own shaktí, and afterwards (that is, when he is a siddha), he should make japa with parashaktí". And similarly, Niruttara Tantra says (...), that the sadhaka who is siddha may worship "another" woman.»

Sir John Woodroffe, Hymn to Kali: Karpuradi Stotra, 1922

vilôma




To love is to know Me,
My innermost nature,
The truth that I am.

Bhagavad Gita 18.55


lick my legs, i'm on fire


eu sei que a polly jean está marcada.


mas apetece-me berrar mais alto do que ela até ao dia que nunca mais chega.

it's all wrong. it's all right.



«i am all the days

that you chose to ignore»


passe pela casa partida


As palavras que te envio são interditas
até, meu amor, pelo halo das searas;
se alguma regressasse, nem já reconhecia
o teu nome nas suas curvas claras.

Dói-me esta água, este ar que se respira,
dói-me esta solidão de pedra escura,
estas mãos nocturnas onde aperto
os meus dias quebrados na cintura.

E a noite cresce apaixonadamente.
Nas suas margens nuas, desoladas,
cada homem tem apenas para dar
um horizonte de cidades bombardeadas.

Eugénio de Andrade

não podes ter palavras




para aquilo que não se exprime por palavras

domingo, 9 de janeiro de 2011

faz-me falta

o ruído da batata frita de um disco velho riscado.
o calor de voltar a chegar a casa e pousar a agulha, antes de atirar os sapatos para o quarto de porta escancarada.

dançar, suar, pular até a agulha acusar o ritmo marcado pelos pés.
a cumplicidade de interromper o abraço só para ouvir o lado b.
e adormecer no silêncio do fim.
sem ninguém ver.

tim

Everywhere there's rain my love
Everywhere there's fear

humility

«it is the one thing that has in the elements of life, of a new life, a Vita Nuova for me. of all things it is the strangest. one cannot acquire it, except by surrending everything that one has. it is only when one has lost all things, that one knows one possesses it.»

oscar wilde, de profundis

aline

shakespeare diz que somos consumidos por tudo aquilo que nos alimenta.

sábado, 8 de janeiro de 2011

recordações da sala azul


«Coloca ao Oriente uma chama votiva na qual hás-de incinerar teus momentos de amargura em holocausto de tolerância à Chispa Divina que habita em ti.»

DeRose

delta 400 torturado



pela leveza dos dias, até se podia dizer que os gestos começam a tornar realidade a vida há muito adiada.

de nenhum fruto queiras só metade



mike no país das maravilhas

hoje foi o dia

perfeito.

meto o teu lanchinho na mala e lembro-me de quando me fazias sombras chinesas na parede para adormecer.
era o medo do escuro. a luz de silêncio.

às vezes ainda tenho.

e hoje ainda costumas dar-me a mão ou puxar-me o braço quando atravesso a estrada.
deste-me a mão e a verdade mesmo, é que tu conheces o mundo sem mim, mas eu sempre o conheci contigo nele.

perfeito.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

desfazendo o hábito

ao fim de semana pinta-se o cabelo de preto para cobrir os brancos

nos dias úteis, pinta-se o cabelo com fios brancos,


para que a vida continue a fazer sentido

a perda que insiste

«Caras e mais caras que aparecem e se olham e se perdem e são substituídas por outras que aparecem e se olham e se perdem.»


Ricardo Piglia, Cidade Ausente

tradução de Jorge Fallorca
© Teorema

roubei-te

lights

«I flung my jacket over my shoulder, Frank Sinatra style.

I was full of references. He was full of light and shadow.
"It's back," he said.
He took a few more shots.
"I got it."
"How do you know?"
"I just know."
He took twelve pictures that day.
Within a few days he showed me the contact sheet.

"This one has the magic," he said.

When I look at it now, I never see me. I see us.»

patti smith, just kids

descobri finalmente

uma coisa que me destrói os fios de cabelo com mais intensidade do que as tuas mãos.

camadas de tinta, verniz e pó que, ainda assim, são mais palpáveis e visíveis pela fúria com que passamos a 4ª de mão.

i love you but i've chosen




boy toys weren't made to last

«everything you say has water under it»


o belo esticão do relâmpago



«troppo tardi»

cosa voglio di più, silvio soldini, 2010

era cedo e cheirava-me muito bem

deves ser é parva...

quando alguém muito especial insiste em cair no cliché,

isso só pode ser burrice.

metamorphoses on a theme by tchaikowsky



variações sobre garrafas de água das pedras, conversas inacabadas e notícias há muito adiadas.

na próxima linha, rumamos a norte ;)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

the tributaries of the poetic genius




«He who binds to himself a joy

Does the winged life destroy;

But he who kisses the joy as it flies

Lives in eternity's sun rise.»

william blake


das tuas mãos vai nascer o novo mundo




os teus sonhos são do tamanho do teu olhar.
imensos.
enormes.
como o mergulho profundo nesse azul cristal.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

redemption, deception



«For her, all seven deadly sins!»


follow the light to the love




I'm in you, you're on me


(desas)sossego



foto: mariana rodrigues

é que não me lembrava de muita coisa,
até me lembrar.

aquilo que não se vê,
em breve será mostrado.

hel(l)



«And I wrote my happiest songs
Every child may joy to you
What's wrong? Nothing but the real
It is you that needed something stronger
I need something stronger

If you have a problem
Don't hesitate
To ask for assistance
What's wrong?
What's wrong?

Nothing»

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011



«Comme je descendais des Fleuves impassibles,
Je ne me sentis plus guidé par les haleurs :
Des Peaux-Rouges criards les avaient pris pour cibles
Les ayant cloués nus aux poteaux de couleurs.»

Rimbaud, le bateau ivre

aos 16 anos

céu

«everytime i think of you»

«i feel shot right through with a bolt of blue.»




P, you inspire me everyday :D
thank you
«Who would have known
That a boy like him
Possessed of magical
Sensitivity
Who would approach a girl like me
Who caresses cradles his head
In her bosom

He slides inside
Half awake, half asleep
We faint back
Into sleephood
When I wake up
The second time
In his arms
Gorgeousness
He's still inside me»

björk

if travel is searching...



you could smell it
so you left me on my own
to complete the mission
now i'm leaving it all behind

i'm going hunting
i'm the hunter...

(you just didn't know me!)

e que também por isso

enquanto o resto do mundo conversa e evolui,
se mantém acordado na vã esperança de que tudo se resolva em benefício próprio,

esquecemos que a ordem primeira vem de dentro, mas com o olhar para fora.
ao perdermos a vida inteira à procura do que queremos cá dentro,
deixamos passar a chama que se encontra lá fora ao alcance de um sopro.

ao que parece, são 7/8 da manhã.
e os 4 braços não chegam para essas mãos.
5/6 e já era claro. já se via o negro escorregar pelas nuvens dentro.

entras de noite e sais de noite. de mão dada. atada.
à força de tanto querer, encontras a referência.
o desnorte termina. o calor invade o corpo. dormimos.
ponto parágrafo.

até um dia destes.

saber que não quero justificar

porque quem ama não precisa.
porque quem não ama não vai acreditar.

felicidade «infável» :)



algures no meio, existe a confiança.
viver.
aceitar.
curar.
respeitar.
cuidar.
dançar.
abraçar.
apertar.
pestanejar.
dormir.
acordar.
sorrir.
amar.