o viajante está feliz. nunca na vida teve tão pouca pressa. senta-se na beira de um destes túmulos, afaga com as pontas dos dedos a superfície da água, tão fria e tão viva, e, por um momento, acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo. é uma ilusão que o assalta de longe em longe, não lho levem a mal.
josé saramago, viagem a Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário