segunda-feira, 30 de julho de 2012

arRumar

 fotos:p.g.

os fins de semana depois de um regresso de férias costumam ser daqueles em que ainda te sentes na madorna do que andaste a fazer pela preguiça fora e do que se seguiu, e do ritmo que se quebrou mas que parece desenguiçar com o passar dos dias da quase normalidade.
deste fim de semana há finalmente notícias de chegada.
os arctic monkeys também levaram a melhor aos muse em londres. isso é sempre bom de ver.
alguém teve juízo
o pôr-do-sol em leça parece mais laranja do que o habitual. 
os bolos, pastéis, francesas desnatadas e desnaturadas além de já pesarem começam a instalar-se nos hábitos dos estrangeiros.
a ideia mais que irrefutável de que um cão é imortal começa a fundir-se com a ideia estupidamente frágil de que ninguém que amamos o é, por mais que achemos que sim toda a vida, até nós também deixarmos de o ser, por fim.´ora que grande merda.
de voltas e mais voltas perdemos-nos em gaia, e ao encontrarmos o caminho de casa umas horinhas depois, já não queremos voltar e arrancamos dali para fora até ao sábado seguinte.
até de prancha e livros e cores de azuis esquecermos de tudo o que nos exigem e desligamos a corrente de obrigações e demoras.

e começa-se a argumentar demasiadas vezes contra o uso de bicicleta do parque da cidade para casa e vice-versa.
arranja outra bina. constrói outro quarto, outra casa com mais quartos que estes não chegam para tanta gente que te faz falta, e continua a chegar.
mais fins-de-semana em que se abre a porta e se dá férias e descanso, abraços a mais gente, a mais amor, a mais sossego. a mais vida.

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