quinta-feira, 16 de agosto de 2012

a chéu foi à vila.

por lá toma-se banho quente, diz ela :)
comprou galochas dois números acima porque naquele pezinho, em coura não há quem caiba.
chegou-me de cabelo a escorrer ainda.
brilhos nos olhos, galochas em pontas. nunca visto.
diz que são oito. cinco tendas. à vez, chamam-se para jantar. deixam o palco e rumam ao campismo para a refeição como as famílias ao domingo.
por ali dançámos kitty coiso até não poder mais.
some beautiful shit rises again!!
nós, às 6 e picos já estávamos surdos pela voz soulista do palco secundário, que de pequeno não tem nada. é de gente grande, enorme hoje.
acotovelámos o ruivo dos koc para ver midlake e por ali dançámos mais, até a fome nos levar vale acima.
e de tanto furarmos, lá te consegui mostrar watson. o grande mistério caía diante dos nossos olhos mais uma vez: como conseguir no meio de milhares ouvir apenas uma alminha que canta.
algures à espera de dEUS, um grupo enorme e esganiçado ao nosso lado faz contagem decrescente e berra ao chegar a zero - «feliz ano novo!!»
canta aquela!!!
a lia lá anda, a escrever de um palco para o outro.

irra, que se pudéssemos fazer reset ao ano, aos meses, aos dias, à vida, que fosse por ali entre montes e vales e vacas e rios de águas cheias de gente que ri à gargalhada e toca guitarra para quem passa ouvir.
ouve-se poesia porno e desconexa na relva. há um barbeiro a cortar cabelos e a deixá-los voar até ao tabuão. é o woodstock de muita gente. é o glastonbury dos que trazem o kit impermeável.

amar coura todos os anos é amar o que somos de simples.
somos pele, carne, osso, respiramos e a chuva.... essa sempre passa.
mas regressa. como nós *

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