sexta-feira, 27 de maio de 2011
quinta-feira, 26 de maio de 2011
pocket knife on a wedding dress
Please don't make my wedding dress
I'm too young to marry yet
Can you see my pocket knife?
You can't make me be a wife
How the world just turns & turns
How does anybody learn?
Mummy, put your needle down
How did you feel when you were young?
Cos I feel like I've just been born
Even though I'm getting on
How the world slips by so fast
How does anybody last?
As the world keeps coming
And the bees keep humming
And I'll keep running
Flowers I can do without
I don't wanna be tied down
White material will stain
My pocket knife's gotta shiny blade
I'm not trying to cause a fuss
I just wanna make my own f**k-ups
I'm not trying to break your heart
I'm just trying not to fall apart
polly jean h.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
oeste
adorar o politicamente correcto
é tão bonito
não ter espinha dorsal nem tronco e deixar quebrar os galhos ao sabor do vento.
não ter espinha dorsal nem tronco e deixar quebrar os galhos ao sabor do vento.
s. tem um cordel no parapeito da janela
de dia ensaia as marchas com as miúdas do bairro.
dançam e cantam tudo bem decorado e alinhado para não fazerem má figura no feriado.
à noite os lobos uivam e ela deixa-se levar.
ao longe parece sempre dizer que não teve outra forma. não soube melhor. não há mais nada.
nem as luzes se apagam e nem o bairro dorme.
dançam e cantam tudo bem decorado e alinhado para não fazerem má figura no feriado.
à noite os lobos uivam e ela deixa-se levar.
ao longe parece sempre dizer que não teve outra forma. não soube melhor. não há mais nada.
nem as luzes se apagam e nem o bairro dorme.
terça-feira, 24 de maio de 2011
domingo, 22 de maio de 2011
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27
sexta-feira, 20 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
a despedida
Quiero que sepas
una cosa.
Tú sabes cómo es esto:
si miro
la luna de cristal, la rama roja
del lento otoño en mi ventana,
si toco
junto al fuego
la impalpable ceniza
o el arrugado cuerpo de la leña,
todo me lleva a ti,
como si todo lo que existe,
aromas, luz, metales,
fueran pequeños barcos que navegan
hacia las islas tuyas que me aguardan.
Ahora bien,
si poco a poco dejas de quererme
dejaré de quererte poco a poco.
Si de pronto
me olvidas
no me busques,
que ya te habré olvidado.
Si consideras largo y loco
el viento de banderas
que pasa por mi vida
y te decides
a dejarme a la orilla
del corazón en que tengo raíces,
piensa
que en ese día,
a esa hora
levantaré los brazos
y saldrán mis raíces
a buscar otra tierra.
Pero
si cada día,
cada hora
sientes que a mí estás destinada
con dulzura implacable.
Si cada día sube
una flor a tus labios a buscarme,
ay amor mío, ay mía,
en mí todo ese fuego se repite,
en mí nada se apaga ni se olvida,
mi amor se nutre de tu amor, amada,
y mientras vivas estará en tus brazos
sin salir de los míos.
pablo neruda
terça-feira, 17 de maio de 2011
[watching it rain frogs outside the library window] This happens. This is something that happens.
It's not / What you thought / When you first began it / You got / What you want / Now you can hardly stand it though / By now you know / It's not going to stop
polinices
a calçada faz-me escorregar. calcei os chinelos. chego e a brisa está perfeita. e a minha boca só sabe o caminho da tua. um palhaço pergunta-me se me quero sentar. apetece-me dizer que te espero. mas sorrio e entro. sento-me. toda a gente tem alguma coisa na mão. um copo. um telefone. umas chaves. outra mão.
eu procuro a caneta e só quando envio esta carta, escrevo na última página do livro que carrego: sempre chegamos aonde nos esperam.
chegam todos. fecho o livro. espero-te.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
corifeu
Um relâmpago. Avista-se Diónisos em beleza esmeraldina.
Diónisos:
Sê prudente, Ariadne!...
Tu tens orelhas pequenas, tens as minhas orelhas:
Mete nelas uma palavra prudente! -
Não temos que odiar-nos primeiro, para podermos amar-
[mo-nos?...
Eu sou o teu labirinto...ditirambos dionisíacos, f. nietzsche
antígona, ou a mulher que enterra o irmão, o pai, a mãe(avó) e sabia fazer rir o mundo
domingo, 15 de maio de 2011
a noite
sábado, 14 de maio de 2011
brick lane
parecia-nos que o sonho chegara onde as salas persistem sem paredes nem vidros.
envolvendo palavras em búzios e pérolas e enredadas em redes e vidradas em contradições pungentes.
agora, persiste o sabor a sal. caminhando ao lado da pele macia dos lábios que descobrem afinal o caminho mais nosso.
repousa os olhos e o corpo. ressente e cobre de mãos ávidas de viagem em planisférios que caminhaste a doçura do toque na carne que é esta. que sempre se desfaz em água à passagem dos dedos na reentrância da anca. a que desce pela linha do tronco. a que vinca na alma o querer chegar àquela parte incerta das pestanas que cerram no encontro com o vento.
que traz a notícia desse leve mas cumpridor despertar.
quinta-feira, 12 de maio de 2011
ulisses
foto: fabrice pinto
Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.
sophia de mello breyner
essential killing
só vincent gallo se podia safar num filme onde não articula uma só palavra.
e diz tudo.
de rastos. a chapada não podia ser mais forte.
e diz tudo.
de rastos. a chapada não podia ser mais forte.
terça-feira, 10 de maio de 2011
the corpse bride
o «jovem esqueleto» do poema de baudelaire
domingo, 8 de maio de 2011
sábado, 7 de maio de 2011
corpo
que te seja leve o peso das estrelas e de tua boca irrompa a inocência nua dum lírio cujo caule se estende e ramifica para lá dos alicerces da casa abre a janela debruça-te deixa que o mar inunde os órgãos do corpo espalha lume na ponta dos dedos e toca ao de leve aquilo que deve ser preservado mas olho para as mãos e leio o que o vento norte escreveu sobre as dunas levanto-me do fundo de ti humilde lama e num soluço da respiração sei que estou vivo.
sou o centro sísmico do mundo
sou o centro sísmico do mundo
al berto
quinta-feira, 5 de maio de 2011
na distância
aquela que por vezes precisamos e pela qual gritamos quando o ruído é tanto e ensurdecedor que parece encher-nos de borboletas e formigas e mãos que nos puxam e empurram e formam montanhas de palavras às nossas costas.
é também na distância que surgem vontades. amores maiores. certezas que só o silêncio e os quilómetros e os mares e os ventos permitem abrir no peito. aclarar ideias. amenizar bocas ávidas de perguntas. alisar sobrancelhas arqueadas e testas franzidas.
sorrisos que não esquecem e mãos que apertam. muito. e tocam no regresso.
até já. vem devagarinho. cá te espero. no silêncio que não se importa de romper com um riso bem sonoro pelas ruas que ladeiam a nossa casa de chá com cupcakes dentro.
terça-feira, 3 de maio de 2011
segunda-feira, 2 de maio de 2011
contra ventos e marés
nada como levar com uma prancha nos queixos para acordar.
há anos que não via o céu daquela cor. as nuvens rosa mar adentro.
o cinzento riscado.
há anos que não saía da praia de noite.
há muitos anos que não tocava numa destas.
até lhes havia esquecido o peso. e a força.
há anos que não ficava sem ar e a remar contra a maré e a tentar subir e a força que não deixa e o mar que puxa e a água que acalma por fim.
obrigada pelo tanto que reencontrei!
e pela força que sempre chega.
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