não me lembro de um período em que me apetecesse escrever tanto como ao ler as palavras da patti em washington square, pelas ruas onde ela se sentava, nos bancos e esquinas, alpendres, a pensar no que ia comer nessa noite ou no dia seguinte, enquanto desenrolava mais um poema da algibeira. lembro-me da sensação de estar sozinha, perante o mundo de possibilidades, e de como senti que é isso que nos faz levantar os braços e pormo-nos em marcha. sem ninguém ao lado que nos diga por onde ir. sem a segurança do telhado ou do volante do carro a que nos habituámos ter à porta. nem sequer dos rostos que conhecemos. era tudo estranho, plano e raso de experiências. daí fascinante. daí a necessidade de preencher. de escrever.
agora.
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