quarta-feira, 23 de novembro de 2011

da falácia



ou de como cheguei ao tca para ver chaplin e saí de lá com uma peça de teatro no bolso.

só no porto, disse-me um amigo ao contar que cheguei à bilheteira do teatro do campo alegre, e um senhor de barbas brancas, com alguma idade, me chamou de menina, sim a menina, já tem bilhete para hoje, e que eu, algo confusa por não saber se se dirigia a mim, disse que ia comprar, que a sessão daquela noite podia estar concorrida, referindo-me eu ao cinema, claro, ao maravilhoso ciclo de chaplin, nunca à peça da falácia que estava em cena ali na sala ao lado. ouvindo isto, ele nem hesitou e sacou de um bilhete convite que tinha a mais, sem mais nem menos dizendo que apenas poderia ser aborrecido para mim sentar-me ao lado dele, e não acreditando que me dava um bilhete para a peça, sem mais nem outra, calei-me, e depois de entender o que pretendia, enchi-me de argumentos que não podia aceitar e tal, mas ele não os quis sequer ouvir. deixou-me o bilhete na mão e na cara um sorriso de orelha a orelha.

pois não vi chaplin mas presenciei falácia de carl djerassi pela seiva trupe.
ponto. sim, sem argumentos. só no porto.

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