sábado, 31 de março de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
os ratos, david, os ratos e a cidade.
Uma das coisas que gosto na Nova Iorque de antes é a escuridão e sujidade. O lixo é uma parte importante da história da cidade e uma das primeiras coisas que as pessoas de fora citam como razão para não gostarem de Nova Iorque. Isto a propósito do vídeo aqui em cima. We Care About New York é um PSA de 1991 realizado pelo David Lynch a propósito do problema de ratos. Não queria já usar a palavra lynchiano, mas acho que se adequa. Ter o Lynch a fazer um anúncio é um bocado como ter o Dalí a abrir um restaurante, o Bart Simpson a dar lições de remo ou o JJ Abrams a inventar uma série tipo Felicity — esperem, isso aconteceu mesmo!
se o filhote da natacha sabe disto...
Drawing Apparatus from Robert Howsare on Vimeo.
o puto de quatro anos que nos apanhou distraídas e em pleno rodar do tim buckley decidiu tentar largar maquiavelicamente um pacote de chá usado sobre a rodinha preta... só para ver o que dava...
os meus gritos ecoaram pelo bairro inteiro.
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
do querer. aquele a sério.
no outro dia, entre outras coisas, chamaram azeiteiro a um amigo meu.
parti-me a rir à gargalhada. dá mesmo vontade de rir! porque me lembrava da postura altiva do gajo, do ar emproado. convencido.
mas em parte, até era por isso também que gostava dele. de o saber assim e assim o aceitar. de ter a certeza de que me diz sempre tudo sem o menor julgamento e sabendo que faço o mesmo com ele. da cara sempre disposta a levar um beijo das mulheres e um valente soco dos homens.
deixei que lhe chamassem nomes, e só consegui que me saísse da boca: gosto muito dele.
alguns mudaram de posição na cadeira, outros riram, outros ainda tentaram encontrar outro assunto.
eu, ao fim da noite passei horas a matar saudades dele. das suas histórias e fanfarronices. dos planos que fazemos quando nos vemos e morremos a rir de tanto saber. que ninguém por mais que tente suplanta isto.
parti-me a rir à gargalhada. dá mesmo vontade de rir! porque me lembrava da postura altiva do gajo, do ar emproado. convencido.
mas em parte, até era por isso também que gostava dele. de o saber assim e assim o aceitar. de ter a certeza de que me diz sempre tudo sem o menor julgamento e sabendo que faço o mesmo com ele. da cara sempre disposta a levar um beijo das mulheres e um valente soco dos homens.
deixei que lhe chamassem nomes, e só consegui que me saísse da boca: gosto muito dele.
alguns mudaram de posição na cadeira, outros riram, outros ainda tentaram encontrar outro assunto.
eu, ao fim da noite passei horas a matar saudades dele. das suas histórias e fanfarronices. dos planos que fazemos quando nos vemos e morremos a rir de tanto saber. que ninguém por mais que tente suplanta isto.
trouxe-te
terça-feira, 27 de março de 2012
shhhh. george carlin reads.
The most unfair thing about life is the way it ends. I mean, life is tough. It takes up a lot of your time. What do you get at the end of it? A Death! What’s that, a bonus? I think the life cycle is all backwards. You should die first, get it out of the way. Then you live in an old age home. You get kicked out when you’re too young, you get a gold watch, you go to work. You work forty years until you’re young enough to enjoy your retirement. You do drugs, alcohol, you party, you get ready for high school. You go to grade school, you become a kid, you play, you have no responsibilities, you become a little baby, you go back into the womb, you spend your last nine months floating …and you finish off as an orgasm.
awesome people reading * mana
awesome people reading * mana
contornar o mundo.
bic cristal preta doendo nas falangetas, / papel sobre a mesa, / a luz que vibra por cima, por baixo / a cadeira eléctrica que vibra, / e é isto: / electrocutado, luz sacudida no cabelo, / a beleza do corpo no centro da beleza do mundo: / pontos de ouro nas frutas, / frutas na luz escarpada, / clarões florais atrás de paredões de água, / água guardada no meio das fornalhas / – isto que, sentado eu na minha cadeira eléctrica, / entra a corrente por mim adentro e abala-me, / e com perícia artífice deixa no papel / o nexo estilístico entre / o terso, vívido, caótico e doce: / e o escrito, o carbonífero, o extinto, / o corpo
herberto helder, ofício cantante
herberto helder, ofício cantante
mordida.
sete.
Quem comete um erro é excluído; é fechado dentro de uma caixa.
Quem está fora vê apenas a caixa. Mas quem está fechado, excluído, consegue ver cá para fora.
Vê tudo, vê-nos a todos.
Em cada compartimento há dezenas de caixas. Milhares de caixas por todo o lado. A maior parte delas vazia. Outras têm lá dentro pessoas excluídas. Ninguém sabe quais as caixas que têm pessoas.
As caixas são tantas que ninguém lhes dá importância. Pode estar lá uma pessoa, até a que amas, mas nem olhas. Já não produzem efeito.
Passas por elas centenas de vezes.
gonçalo m. tavares, jerusalém
Vê tudo, vê-nos a todos.
Em cada compartimento há dezenas de caixas. Milhares de caixas por todo o lado. A maior parte delas vazia. Outras têm lá dentro pessoas excluídas. Ninguém sabe quais as caixas que têm pessoas.
As caixas são tantas que ninguém lhes dá importância. Pode estar lá uma pessoa, até a que amas, mas nem olhas. Já não produzem efeito.
Passas por elas centenas de vezes.
gonçalo m. tavares, jerusalém
pede um desejo
I know you've suffered
But I don't want you to hide
It's cold and loveless
I won't let you be denied
Soothing
I'll make you feel pure
Trust me
You can be sure
I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognise your beauty's not just a mask
I want to exorcise the demons from your past
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart
You trick your lovers
That you're wicked and divine
You may be a sinner
But your innocence is mine
Please me
Show me how it's done
Tease me
You are the one
I want to reconcile the violence in your heart
I want to recognise your beauty's not just a mask
I want to exorcise the demons from your past
I want to satisfy the undisclosed desires in your heart
undisclosed desires, muse
sexta-feira, 23 de março de 2012
quando duvidares, abraça. quando esqueceres, beija.
quando perderes, muda.
quando ganhares, partilha.
quando te derem a mão, entrega as duas.
agarra com força e persegue o sonho. ali.
resiste
ontem um amigo de nova iorque enviou-me um artigo do wall street journal sobre os acontecimentos da manifestação no chiado e pediu que lhe explicasse o que se passava.
a minha maior dificuldade não foi explicar o que sentia ao ver aquelas imagens e pela primeira vez não estar lá para ripostar.
a minha maior dificuldade foi dizer-lhe que não sei como estarão as coisas quando ele chegar. que espero que caminhemos para o certo e o justo. que nem sempre por aqui conseguimos o que queremos, muitas vezes calamos, mas devemos tentar sempre. ainda ontem o meu pai me lembrava que não me calasse e ainda hoje fui buscar isso ao acordar. não desistir. persistir.
ele passa por wall street todos os dias de bicicleta para ir trabalhar. os persistentes continuam por lá. pára. sente. e encontra a sua forma de reagir.
lá lhe expliquei o que pude. decidimos tentar mesmo assim abraçar a oportunidade que ele por lá consegue e que eu por aqui mantenho. para que algo aconteça, é preciso a indignação primeiro, a vontade depois, e agir. ele fará a sua parte. resta-me cumprir a minha sem hesitar. olhar a cidade que lhe quero mostrar e perceber que revolução será esta que se adia mas não se esquece.
é preciso cumpri-la. agora.
mesmo sabendo
tu... nós os dois dormimos no deserto. foi só uma noite, mas basta passar uma noite no deserto para ficar sem palavras, para frustrar toda e qualquer resposta. aos outros e a nós, que somos quem mais se interroga.
jorge fallorca, a mulher descalça
jorge fallorca, a mulher descalça
renascer
O homem constrói máquinas casas e sistemas mas ignora as possibilidades naturais com que poderia construir uma vida nova
António Ramos Rosa, Génese
António Ramos Rosa, Génese
quero a tua alma em formol. e enquanto espero, dançar com ela ao sol.
hoje quando estava a sair de casa olhei para o relógio e percebi que devias estar p’ra chegar
e então deixei a luz da cozinha acesa porque é a que gasta menos para que não encontrasses a casa às escuras na chegada
mas depois pensei melhor
ao chegares vendo a luz acesa podias pensar que eu estava em casa a fazer-te uma sandes de atum ou um cachorro e ias ficar desiludida
porque eu estou a sair
e quando chegares já me fui
e vais sentir a mostarda ou a maionese no canto da boca mas vai ser mentira
por isso para não te desiludir saio deixando atrás de mim a casa escura
para não te magoar
joão negreiros, o interruptor. a verdade dói e pode estar errada
o cansaço da comunicação diz-nos que por trás das palavras, existe o verdadeiro silêncio. a voz de dentro.
(...) Já um acto religioso é muito diferente ao ar livre ou no interior de uma catedral. Mas a TV é algo de minúsculo e trivial como o sofá donde a presenciamos. Diremos assim e em resumo que a TV é um instrumento redutor. Porque tudo o que passa por lá chega até nós diminuído e desvalorizado no que lhe é essencial. E a maior razão disso não está nas reduzidas dimensões do ecrã, mas no facto de a «caixa revolucionadora» ser um objecto entre os objectos de uma sala.
Mas por sobre todos os males que nos infligiu, ergue-se o da promoção do analfabetismo. Ser é um acto difícil e olhar o boneco não dá trabalho nenhum. Ler exige a colaboração da memória, do entendimento e da imaginação. A TV dispensa tudo. Uma simples frase como «o homem subiu a escada» exige a decifração de cada palavra, a relação das anteriores até se ler a última e a figuração do seu sentido e imagem correspondente.
Mas na TV dá-se tudo de uma vez sem nós termos de trabalhar. Mas cada nossa faculdade, posta em desuso, chega ao desuso maior que é deixar de existir. Mas ser homem simplesmente é muito trabalhoso. E o mais cómodo é ser suíno...
Vergílio Ferreira, Escrever
quinta-feira, 22 de março de 2012
estou a ver incrédula a minha cidade a ferro e fogo
a nossa brasileira derrubada pelos gorilas que arrasaram com os manifestantes no nosso chiado e continuo a não acreditar.
isto é tudo mentira, só pode. não quero acreditar.
isto é tudo mentira, só pode. não quero acreditar.
isto é maravilhoso e apetece comer com os olhos.
quarta-feira, 21 de março de 2012
e se amas o sorriso
atravessou a linha com passo firme. sentia o olhar do chefe da estação. batia pausadamente com a bandeira na perna. voltou-se. consultou os mostradores do relógio. certos como o do pulso. não havia comboio.
jorge fallorca, a mulher descalça
rescaldo taça da liga: frase ouvida no balneário de um ginásio em gaia esta tarde
da que tarda mas não falha
vou fundar um grupo no facebook de fãs da brigada de crimes informáticos da pj. vou erguer-lhes uma estátua depois. com banda da gnr e tudo.
depois de ter as contas de redes sociais, emails invadidas e até de ter mudado o número de telefone para proteger dados, eis que hoje surge a resposta tão simples e lógica.
ips identificados, tudo comprovado e mais que provado, horas, locais de acesso, contactos, o que se disse e fez, chegou-me às mãos. o tempo que a engrenagem decidir, aquela que não falha, eis que chega. todos a vão cheirar e não vai ser por email.
ao contar as peripécias por que passei a um amigo no café do costume, o empregado que ouvia riu-se e comentou assim:
«menina, antes usava-se uma chaleira ao lume e abria-se as cartas sem ninguém ver.
a merda é a mesma, mudou foi o cheiro.»
respect!
depois de ter as contas de redes sociais, emails invadidas e até de ter mudado o número de telefone para proteger dados, eis que hoje surge a resposta tão simples e lógica.
ips identificados, tudo comprovado e mais que provado, horas, locais de acesso, contactos, o que se disse e fez, chegou-me às mãos. o tempo que a engrenagem decidir, aquela que não falha, eis que chega. todos a vão cheirar e não vai ser por email.
ao contar as peripécias por que passei a um amigo no café do costume, o empregado que ouvia riu-se e comentou assim:
«menina, antes usava-se uma chaleira ao lume e abria-se as cartas sem ninguém ver.
a merda é a mesma, mudou foi o cheiro.»
respect!
mais uma razão porque gosto daqui
sair sempre do café depois de comer, com um «leve um docinho para o caminho menina», oferecido e lançado pelo empregado de café mais simpático do mundo e arredores.
right about now
Open eyes, see from me. Under skies, we still see. It's enough, It's too much. When I lost faith, I found love.
Tonight, I could lose the fight. But you by my side, everything will be alright
the XX
terça-feira, 20 de março de 2012
corta-fogo
entre mim e tudo, na mão, amadureço
enquanto ela se torna propícia,
amarela ao influxo do vento de estrela para estrela.
O sangue da mão ensombra a fruta na sua volta
de átomos, abala
imagem, arquitectura
E o espaço que isto cria: a noite
aparece no ar. E dura, leve, tersa, curva,
a linha
do fogo entrecruza
os pontos paralelos: a pêra desde o esplendor,
a mão desde
o equilíbrio, os centros
do sistema geral do corpo, o buraco negro.
Morro?
Escrevo apenas, e o hausto aspira
dedos e pêra, enigma e sentido, ordem, peso, o papel onde assenta
a constelação do mundo com esse buraco
negro e as palavras em torno.
No instante extremo de
desaparecerem.
Se morro, é por exemplo.
herberto helder, do mundo
segunda-feira, 19 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
\m/ aposto que não tenta ter malas louis vuitton. nem se passeia com elas tipo elefante pela multidão abalroando todos por quem passa. yeah.*
à la prochaine
Ils sont la force qui se lèveras un jour de la boue des quartiers populaires. Une force immense et explosive que rien n’arrêtera plus venue du fond des venelles, elle submergera les places et les avenues. Elle déferlera comme une mer impétueuse ; elle atteindra par-delà le fleuve, les iles endormies dans la splendeur des palais là, elle s’arrêtera ...
Albert Cossery - La maison de la mort certaine
Albert Cossery - La maison de la mort certaine
preguiça
No início do ano, uma donzela do Oriente diz ao seu amado esposo:
– Não caminhes em direcção ao Leste. Se o fizeres encontrarás a morte.
Mas o amado nada ouviu, pois, nesse momento, pensava numa outra mulher, numa mulher mais jovem, mais bela, mais inteligente.
Seguiu assim o homem em direcção a leste – e não morreu. Pelo contrário, foi recebido em casa pela tal amante mais jovem, mais bela, mais inteligente.
Na manhã seguinte, ao levantar-se, a amante disse-lhe:
– Não caminhes em direcção ao Oeste. Se o fizeres encontrarás a morte.
Mas o homem nada ouviu, pois, nesse momento, pensava na sua esposa legítima que o esperava.
Seguiu assim o homem em direcção a oeste – e não morreu. Pelo contrário, foi recebido em casa, com alegria e calor, pela sua esposa.
Na manhã seguinte, ao levantar-se, ouviu da sua amada esposa, uma donzela do Oriente:
– Não caminhes em direcção ao Leste. Se o fizeres encontrarás a morte.
Mas o amado nada ouviu, pois, nesse momento, pensava numa outra mulher, numa mulher mais jovem, mais bela, mais inteligente.
Seguiu assim o homem em direcção a leste e depois a oeste e depois a leste e assim sucessivamente, dias e dias, meses e meses, anos e anos – e não morreu.
A morte surgiu apenas quando o homem já velho e sem forças ficou incapaz de se mover – quer para leste quer para oeste.
Gonçalo M. Tavares
quarta-feira, 14 de março de 2012
todos os dias
procuro algo que me afronte.
que espelhe a diferença que nos complementa a todos.
que me torne ainda mais essa amálgama e menos o cinzento do banal, do quotidiano, do tributável do campos.
da mouraria, trago sempre o interior desses milhares de gente que se cumprimenta
com cheiro a lisboa pela manhã.
aqui. hoje e enquanto durar-me.
terça-feira, 13 de março de 2012
2 anos depois
enter the void chega às nossas salas. é um filme estranho. que vi num dos períodos mais estranhos e belos da minha vida. em que eu própria me encontrava a viver dentro de um filme.
lembro-me como se fosse hoje da sala onde o vi. de comprar o bilhete e voltar mais tarde. na west village. escuro, pequeno, quase tão cláustrofóbico quanto o avião no dia em que regressei.
lembro-me da náusea e do alívio ao vaguear, horas depois, noite cerrada, pelas ruas iluminadas por uma das luas-cheias mais brutais que já vivi.
vejam. mas fica o aviso. segurem-se bem. o vazio pode ser um lugar estranho. mas sem lá entrarmos, como saber de que forma é feito o absoluto?
lembro-me como se fosse hoje da sala onde o vi. de comprar o bilhete e voltar mais tarde. na west village. escuro, pequeno, quase tão cláustrofóbico quanto o avião no dia em que regressei.
lembro-me da náusea e do alívio ao vaguear, horas depois, noite cerrada, pelas ruas iluminadas por uma das luas-cheias mais brutais que já vivi.
vejam. mas fica o aviso. segurem-se bem. o vazio pode ser um lugar estranho. mas sem lá entrarmos, como saber de que forma é feito o absoluto?
na dúvida.
e de repente ela pergunta-me: «mas o ganesha não devia estar a olhar para a porta?»
e eu sem saber o que responder, encolho os ombros. não digo nada porque sei que é muito melhor ficar calado quando não se sabe a resposta do que arriscar uma tirada ao calhas só para me armar em esperta.
voltei a abrir o livro que tinha fechado com o dedo a marcar a página só para tentar perceber para que lado estava a estatueta. quis ignorá-la.
realmente, estava de costas voltadas para mim. que cena recorrente.
levantei-me devagar, esqueci o livro por marcar e dei-lhe uma volta para lhe ver a tromba. literalmente.
e este efeito placebo de quem acha que contribui para a ordem natural das coisas só com um gesto que não demora mais de meio segundo.
dois minutos depois, tocam à porta. sem me mexer, cerrei os olhos, hesitando entre rir à gargalhada ou correr para a abrir.
nunca mais voltei a duvidar que posso mudar tudo. ir para onde quiser e fazer o que me apetecer. desde que para isso levante o rabo da cadeira as vezes que forem precisas e lance a mão a quem insiste passar a vida de trombas e de costas voltadas ao que se lhe coloca no colo.
em bandeja de prata.
sem desistir de ninguém, mas com o discernimento de que só volta e se abre a porta a quem eu quero.
é só uma metáfora
as vezes que isto acontece. a frustração de ter o tupperware perfeito na mão e não haver meio de encontrar o raio da tampa que se encaixe.
ah!
estou a ficar um pouco confusa
eu não sei como é que alguém troca o sXsW... pelo alive. faz-me pensar. espanta-me. coloca-me uma responsabilidade dos diabos.
e só por isso, calo-me. aceito e sorrio.
e só por isso, calo-me. aceito e sorrio.
oh, céus!
«prefiro ter celulite, e sardas e pronto!»
f.s., após acalorado jantar onde se discutiram, entre temas como o índice psi 20, a influência da seca e da primavera precoce nas hormonas da população em geral e as escolhas recentes de novas namoradas, e de como são feias e um downgrade para quem publica todos os dias a melosice cada vez mais pindérica e pimba.
eu também. sardas e celulite. e a barra de chocolate que me apareceu lá em casa por obra e graça do espírito santo, ajuda muito. :))
f.s., após acalorado jantar onde se discutiram, entre temas como o índice psi 20, a influência da seca e da primavera precoce nas hormonas da população em geral e as escolhas recentes de novas namoradas, e de como são feias e um downgrade para quem publica todos os dias a melosice cada vez mais pindérica e pimba.
eu também. sardas e celulite. e a barra de chocolate que me apareceu lá em casa por obra e graça do espírito santo, ajuda muito. :))
eu vi
Não vou procurar quem espero
Se o que eu quero é navegar
Pelo tamanho das ondas
Conto não voltar
Parto rumo à
Primavera
Que em meu fundo se escondeu
Esqueço tudo do que eu sou capaz
Hoje o mar sou eu
Esperam-me ondas que persistem
Nunca param de bater
Esperam-me homens que resistem
Antes de morrer
Por querer mais do que a vida
Sou a sombra do que eu sou
E ao fim não toquei nem nada
Do que em mim tocou
Eu vi,mas não agarrei
Eu vi,mas não agarrei
Parto rumo à maravilha
Rumo à dor que houver p'ra vir
Se eu encontrar uma ilha
Paro p'ra sentir
E dar sentido à viagem
A sentir que eu sou capaz
Se o meu peito diz "Coragem!"
Volto a partir em paz
Eu vi, mas não agarrei...
capitão romance, ornatos violeta
segunda-feira, 12 de março de 2012
domingo, 11 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
quinta-feira, 8 de março de 2012
vocês aí em baixo não sabem
mas aqui, mesmo sem querermos, temos em casa o porto canal...
calhou-me no zapp uma coisa de stand up que se chama bolhão rouge...
«eu taba ao tefone a ber tubisão e passou o tuférico à minha beira.
e bocê num deu? - num dei mas quaise.»
calhou-me no zapp uma coisa de stand up que se chama bolhão rouge...
«eu taba ao tefone a ber tubisão e passou o tuférico à minha beira.
e bocê num deu? - num dei mas quaise.»
o dia de hoje
diz-me que já não és a miúda que queria ser arqueóloga e me deitava no colo o sherlock holmes e as gémeas no colégio das quatro torres.
estás crescida, e deste-me alma, trabalho, comida, séries, música, filmes quando sem tv, sem gente, sem casa, sem nada veio a força, sentido, novos olhos, emprestando-me os teus para que não cegasse nunca.
e é lua-cheia. até isso mereces.
feliz aniversário, big sis*
e estima o carteiro. :)
cheira-me que o gajo se vai atrasar.
Subscrever:
Mensagens (Atom)