quinta-feira, 31 de maio de 2012

a casa azul.

aconteceu-nos entrar na areia a pés juntos. não se via vivalma.
de olhos fechados seria igual, porque a água de madrugada não tem cor.
e de lá desenterrarmos o sopro com as mãos separadas e abertas ao mar junto ao molhe.
era já tarde para voltarmos a casa. e nestas alturas não há como voltar atrás. fica-se e pronto.


quarta-feira, 30 de maio de 2012

norma jean



Here's what I remember most: her embrace. Her belief in me. And the joy she gave. That was her gift. When I think of her now, I think of that time when a dream came true. And my only talent was not to close my eyes. 

my week with marilyn, simon curtis, 2011

believe


Believe. 
Are you ready to breathe? 
Believe. Are you ready to be… 
Learn from all of this knowledge and all your fears are taking you over, 
and then you learn from all of this knowledge and all your fears are taking you over.

a perfect circle

ouvir a maresia do mundo.

ou como um búzio em que tudo ressoa e volta para nós muito maior.


terça-feira, 29 de maio de 2012

a questão do tempo. a certeza do vento.


for 12

I was waiting in the dark age
Searching for the ones in my life
I'm so far away
But I had hit the ground runnin
Steady as you go, I don't mind
I'm still here today
Oh, spouting hymns and all's in them
And forever target, when it ain't so kind

But it feels like forever

When your mind turns to fiction

And i had took the long way

and I was in the heat, and I don't mind
I'm so far away

But it feels like forever

When your mind turns to fiction

Imagine the darks from the skull

In a night without sleep, vibration comes, first suit I had in months without feet
Spouting hymns and all's in them
And forever target, when it ain't so kind

But it feels like forever,

When your mind turns to fiction


other lives

segunda-feira, 28 de maio de 2012

sexta-feira, 25 de maio de 2012

gps sotware update


 via Carla on Pinterest

ainda há uma luz fina sobre tudo isto.














A palavra de que eu gosto mais é não. Chega sempre um momento na nossa vida em que é necessário dizer não. O não é a única coisa efectivamente transformadora, que nega o status quo. Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade. É o momento em que é necessário dizer não. A fatalidade do não - ou a nossa própria fatalidade - é que não há nenhum não que não se converta em sim. Ele é absorvido e temos que viver mais um tempo com o sim.

josé saramago

every single night


Every single night i endure the flight
Of little whims of white flame
Butterflies in my brain
These ideas of mine percolate the mind
Trickle down the spine
Form the belly swelling to a blaze

Thats where the pain comes in

Like a second skeleton
Trying to fit beneath the skin
I cant get the feelings in

Every single nights a light

With my brain

And i say to her

Why'd i say it to her
What does she think of me
That i'm not what i ought to be
That i'm what i try not to be
Has got to be somebody else's fault
I cant get caught

If what i am is what i am

Cuz i does what i does
Then brother get back cuz my breast gonna bust open
The rib is the shell and the heart is the yolk
And i just made a meal for us both to choke on

Every single nights a fight

With my brain

I just wanna feel everything


So i'm gonna try to be still now

Gonna renounce the mill a little while
And if we had a double king size bed
We could move in it and id soon forget

If what i am is what i am

Cuz i does what i does
And maybe i'd relax let my breast just bust open
My hearts made of parts of all thats around me
And thats why the devil just cant get around me

Every single nights alright

Every single nights a fight
Every single fights alright
With my brain

I just wanna feel everything


fiona apple

don't we all just want to kill bill.


holding her heart in her hand.


you cannot love. that is your curse.


dark shadows, tim burton, 2012

choose your future. choose life.



quinta-feira, 24 de maio de 2012

mo' money, mo' problems

your favorite book of all time.

my favorite movie for our early summer. <3

the great gatsby, baz luhrmann, 2012

Stop making the eyes at me


 I'll stop making the eyes at you.

i got a love that keeps me waiting



não conseguirmos expulsar da nossa biologia, do nosso sangue, dos nossos órgãos, essas certezas injustificadas, ou justificadas por palavras sempre incompletas.


Somos todos iguais na fragilidade com que percebemos que temos um corpo e ilusões. As ambições que demorámos anos a acreditar que alcançávamos, a pouco e pouco, a pouco e pouco, não são nada quando vistas de uma perspectiva apenas ligeiramente diferente. Daqui, de onde estou, tudo me parece muito diferente da maneira como esse tudo é visto daí, de onde estás. Depois, há os olhos que estão ainda mais longe dos teus e dos meus. Para esses olhos, esse tudo é nada. Ou esse tudo é ainda mais tudo. Ou esse tudo é mil coisas vezes mil coisas que nos são impossíveis de compreender, apreender, porque só temos uma única vida.

josé luís peixoto, abraço

do fim.


...Maybe a little, in the beginning. He didn't really have any regard for me as a person. You gotta be careful with that. You gotta be careful with the person you fall in love is worth it... to you. 

  blue valentine, derek cianfrance, 2010

quarta-feira, 23 de maio de 2012

we started packing


when everyone else started shooting words up in the air.
there is only space between the utter reaction among desires and the crashing of waves over sandy feet like yours.

it's right about time for a revolution.



keeping you inside to melt all over again.

aqui trabalha-se.

procura-se o que mais nos faz falta e seguramos com força.
todos os dias.


costas largas.

"Nas minhas costas conseguem ver o autocarro da selecção nacional..." , diz o repórter.

chora quem pode. ri quem quer.


lola, jacques demy, 1961

há dias em que isto só lá vai com 2 cafés.


e nem assim nos convencemos a largar uma da outra :)
 

biju

é o que mais se come por aqui.
eu habituada à carcassa, ao papo-seco. ao pão de mafra. o divino alentejano (aqui nem vê-lo) e ao saloio.
o biju assume aqui contornos de quase vassalagem, de amor perfeito entre a fome e a vontade de comer.
até que tive de o trazer para casa. sequestrado da vontade alheia e da força do grupo.
o pão biju é assim aquilo a que se pode chamar a sorte grande e a apoximação.
pequenino que só ele. mas a manteiga lá dentro... ah. faz dele um gigante.